Os mercados financeiros pelo mundo começaram o ano sob fortes incertezas, com os olhares de investidores do mundo todo voltados para a China e o potencial de contágio que a retração da economia chinesa terá sobre o desempenho da economia mundial.
De acordo com reportagem do jornal americano The Wall Street Journal, os índices Dow Jones Industrial Average e S&P 500 tiveram suas piores performances da história neste início de ano, com quedas de 6,2% e 5,96%, respectivamente.
A Nasdaq, por sua vez, afundou 7,3%, uma queda um pouco menor que aquela de 8% registrada em 2009, logo após a eclosão da crise financeira internacional do ano anterior.
Na China, a bolsa despencou 7% na segunda-feira e levou o mesmo tombo na quinta-feira, o que levou os reguladores a suspenderem os pregões.
No Brasil, o índice Bovespa também sofreu bastante e fechou a semana com queda de 6,43%.
Enquanto isso, o bitcoin começou a semana valendo US$ 433, chegou a atingir US$ 458 na quarta-feira e fechou em US$ 451 na sexta-feira, acumulando alta de 4,1%, sendo praticamente o único ativo ao redor do mundo que se valorizou em meio a turbulência.
A expectativa dos analistas de mercado é que 2016 será um ano bastante adverso para os investimentos tradicionais, devido à desaceleração da atividade econômica, tensões geopolíticas e a rentabilidade cada vez mais apertada em títulos públicos e de dívida privada.
As explicações para esse quadro começam com a própria instabilidade da economia chinesa, hoje a segunda maior economia do mundo, geradora de estagnação dos países exportadores de commodities. Os conflitos no Oriente Médio são outro fator importante a ser considerado, que pode gerar efeitos poucos previsíveis na Europa e Estados Unidos, com a hipótese de uma ação militar mais forte não podendo ser descartada, o que geraria um importante impacto sob o gasto público, em economias cada vez mais endividadas.
Como contraponto, os indicadores atuais apontam uma tendência bastante promissora para o mercado de bitcoin, que segue em franca expansão em todo o mundo, tanto em número de usuários quanto em volume de transações.
Para se ter ideia, no ano passado, o investimento de Venture Capital (VC) em bitcoin ultrapassou os US$ 400 milhões, com o interesse de grandes empresas, como o Goldman Sachs, American Express e Nasdaq, que entraram nesse mercado.
O bitcoin se posiciona como uma excelente alternativa para investidores que desejam diversificar seu portfólio e sofisticar estratégias de alocação capital, como discutimos neste artigo.
Os fundamentos atuais indicam que o bitcoin ainda é um ativo consideravelmente subavaliado quando comparado com outras alternativas de reservas de valor. Logo, é provável que o investimento na moeda digital proporcione um potencial de rentabilidade importante no futuro, com os mais otimistas estimando que uma unidade bitcoin possa chegar a valer milhares de dólares nas próximas décadas.
Por ora, seguimos com nossas projeções de um preço alvo em torno de US$ 600 no primeiro semestre, com perspectiva de uma valorização substancial no segundo semestre, com a redução de 50% da oferta de novas moedas. Este evento, aliado à deterioração do câmbio no Brasil, faz do bitcoin um ativo extremamente interessante sob a perspectiva de risco e retorno.
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Em momentos de turbulência, rentabilidade acima dos principais benchmarks exigirá do investidor uma alocação de recursos além das opções tradicionais, por isso enfatizamos a importância de diversificar ao menos uma parcela de seu portfólio em um ativo que proteja seu capital contra o mau humor do mercado.
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